Redação Diário Popular e Agência Brasil
Foto: Paulo Rossi/Diário Popular |
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (21) dez
pessoas suspeitas de planejarem atos terroristas no Brasil. As prisões ocorrem
15 dias antes do início da Olimpíada no Rio de Janeiro. Uma das prisões
aconteceu em Morro Redondo. Por volta das 12h53min,
o suspeito embarcou em um avião da Voeazul, no Aeroporto Internaconal João
Simões Lopes Neto, com destino a Brasília.
"Eles
passaram de simples comentários sobre Estado Islâmico e terrorismo para atos
preparatórios", disse o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em
entrevista à imprensa, sobre a operação policial que investiga possível
participação de brasileiros em organização criminosa de alcance internacional,
como uma célula do Estado Islâmico no país.
Agentes da Polícia Federal teriam embarcado com o suspeito, no aeroporto de Pelotas, com destino a Brasilia. (Foto: Paulo Rossi - DP) |
As
prisões, conforme o ministro, ocorreram em dez estados e todos os detidos são
brasileiros. De acordo com o ministro, o grupo se comunicava por aplicativos de
trocas de mensagens. Na entrevista, Alexandre de Moraes disse que tratasse de
"uma célula amadora".
Polícia Federal
Em nota, a Polícia Federal informou que cerca de 130 policias participaram da ação. Os mandados de prisão foram executados nos estados do Amazonas, Ceará, da Paraíba, de Goiás, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Informação extra oficial dá conta que a prisão no Estado ocorreu no município de Morro Redondo, na localidade conhecida como Capela da Buena, no interior do município, sendo que o suspeito seria um pelotense de 26 anos. As informações, no entanto, não foram confirmadas pela assessoria da PF.
Em nota, a Polícia Federal informou que cerca de 130 policias participaram da ação. Os mandados de prisão foram executados nos estados do Amazonas, Ceará, da Paraíba, de Goiás, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Informação extra oficial dá conta que a prisão no Estado ocorreu no município de Morro Redondo, na localidade conhecida como Capela da Buena, no interior do município, sendo que o suspeito seria um pelotense de 26 anos. As informações, no entanto, não foram confirmadas pela assessoria da PF.
Foram dez prisões temporárias, duas conduções coercitivas e 19
buscas e apreensões. Uma ONG com atuação na área humanitária e
educacional também é investigada por participação no caso. Segundo
a PF, esta é a primeira operação policial após a publicação da Lei 13.260/2016,
que trata de terrorismo.
"As
investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais
pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal - DAT. Os envolvidos
participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam
adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no
exterior", diz a nota.
Os
investigados vão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e
realização de atos preparatórios de terrorismo. A pena para o primeiro crime é
de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de multa. Para quem executa
atos preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.
Justiça
As prisões foram autorizadas pela 14ª Vara Federal de Curitiba. Em nota, o juízo esclareceu que a "Operação 'Hashtag', deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, investiga possível participação de brasileiros em organização criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico no país. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30. Informações obtidas, dentre outras, a partir das quebras de sigilo de dados e telefônicos, revelaram indícios de que os investigados preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, bem como o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos".
As prisões foram autorizadas pela 14ª Vara Federal de Curitiba. Em nota, o juízo esclareceu que a "Operação 'Hashtag', deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, investiga possível participação de brasileiros em organização criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico no país. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30. Informações obtidas, dentre outras, a partir das quebras de sigilo de dados e telefônicos, revelaram indícios de que os investigados preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, bem como o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos".
Segundo
o juízo, os artigos 3º da Lei 13.260, de 16 de março de 2016, que trata sobre
terrorismo prevê como crime: "Promover, constituir, integrar ou
prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização
terrorista" e artigo 5º: "Realizar atos preparatórios de terrorismo
com o propósito inequívoco de consumar tal delito".
"Para
assegurar o êxito da operação e eventual realização de novas fases, os nomes
dos presos, atualmente sob custódia da Polícia Federal, não serão divulgados
neste momento. O processo tramita em segredo de Justiça", diz a
nota.
Michel Temer
O presidente interino Michel Temer foi informado na quarta-feira da operação da Polícia Federal e Na manhã desta quinta se reuniu no Palácio do Planalto com os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen; e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra; para acompanhar a operação antiterrorista, com cooperação de diversas agências internacionais de inteligência.
O presidente interino Michel Temer foi informado na quarta-feira da operação da Polícia Federal e Na manhã desta quinta se reuniu no Palácio do Planalto com os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen; e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra; para acompanhar a operação antiterrorista, com cooperação de diversas agências internacionais de inteligência.
*Pelotense preso na
manhã de hoje no Morro Redondo por suspeita de envolvimento com o Estado
Islâmico foi encaminhado para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de
Campo Grande (MS). Além dele, outros nove foram presos na operação Hashtag, da
Polícia Federal, que cumpriu mandados de prisão, condução coercitiva e de busca
e apreensão em outros nove estados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são de inteira responsabilidade do leitor e não representam a opinião do Blog