Sede da Promotoria de Pelotas |
O Promotor de Justiça
de Pelotas José Olavo Bueno dos Passos reitera que são contundentes os motivos
que levaram o Ministério Público a denunciar João Morato Fernandes e João Félix
Hartleben por feminicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio que
dificultou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver da professora do curso de
Biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cláudia Hartleben.
João Morato é ex-marido dela, e João Félix é filho do casal.
A denúncia foi entregue pelo Ministério Público à Justiça de Pelotas na sexta-feira, 11. O processo contém mais de mil páginas, entre perícias, relatórios de buscas à professora, depoimentos e degravações de escutas telefônicas. O Promotor de Justiça destaca que "toda a prova indiciária é indireta e aponta para os dois denunciados".
A denúncia foi entregue pelo Ministério Público à Justiça de Pelotas na sexta-feira, 11. O processo contém mais de mil páginas, entre perícias, relatórios de buscas à professora, depoimentos e degravações de escutas telefônicas. O Promotor de Justiça destaca que "toda a prova indiciária é indireta e aponta para os dois denunciados".
Promotor José Olavo denunciou pai e filho |
Conforme o Ministério Público, Cláudia Hartleben desapareceu às 22h30min de 9
de abril deste ano. Por volta das 21h45min, João Morato levou de carro o filho
de um clube para a casa da mãe, com quem morava. Dentro da casa, não havia
sinais de luta, a porta estava destravada, as roupas que ela usou durante o dia
estavam dobradas e também estavam dentro da residência anéis, joias, relógio,
documentos, cartão de crédito e dinheiro. O notebook estava também no local,
assim como o carro, com a chave na ignição dentro da garagem. Ela havia tomado
café e feito a higiene pessoal para dormir. Além disso, o maço de cigarros que
fumava estava dentro da casa. Todas essas evidências, bem como o fato de que a
professora cuidava da mãe octogenária e tinha compromissos agendados para o dia
seguinte, comprovam que ela não tinha nenhuma intenção de viajar.
O Promotor de Justiça acredita que a mulher não sairia de casa naquele horário a pé, por questões de segurança. O filho informou à Polícia Civil e ao Ministério Público que dormiu pesadamente logo após chegar. No entanto, o seu computador pessoal foi acionado às 22h40min, horário em que a professora já seria considerada como desaparecida.
Ainda de acordo com José Olavo Bueno dos Passos, Fernandes responde a processo por violência doméstica contra Cláudia. Durante o processo de separação, é acusado de ter dito que “ficaria viúvo, mas não seria um homem separado”. Testemunhas também afirmam que ele dizia para a professora que “acidentes podiam acontecer”. Por sua vez, João Félix tem uma forte ligação com o pai e guarda grande rancor pela mãe por ela ter pedido a separação. Esses elementos apontam para os dois como autores da morte e ocultação do corpo de Cláudia.
O Promotor de Justiça acredita que a mulher não sairia de casa naquele horário a pé, por questões de segurança. O filho informou à Polícia Civil e ao Ministério Público que dormiu pesadamente logo após chegar. No entanto, o seu computador pessoal foi acionado às 22h40min, horário em que a professora já seria considerada como desaparecida.
Ainda de acordo com José Olavo Bueno dos Passos, Fernandes responde a processo por violência doméstica contra Cláudia. Durante o processo de separação, é acusado de ter dito que “ficaria viúvo, mas não seria um homem separado”. Testemunhas também afirmam que ele dizia para a professora que “acidentes podiam acontecer”. Por sua vez, João Félix tem uma forte ligação com o pai e guarda grande rancor pela mãe por ela ter pedido a separação. Esses elementos apontam para os dois como autores da morte e ocultação do corpo de Cláudia.
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