Operação em Pelotas resultou em cerca de 35 toneladas de sucata automotiva apreendidas - Foto: divulgação/FT Desmanche |
A força-tarefa da Operação Desmanche apreendeu cerca de 35 toneladas de sucata automotiva em ação realizada nesta quarta-feira (13), em Pelotas, no Sul do Estado. Dois estabelecimentos foram vistoriados e interditados na 64ª edição da Operação.
Um dos locais já havia sido interditado na 47ª Operação Desmanche, ocorrida em julho de 2017. O coordenador da força-tarefa, coronel Cesar Augusto Pereira esclarece que há um agravante na legislação para a reincidência no delito, que amplia o valor da multa aplicada. O dono do estabelecimento foi notificado e o local fechado. “É importante também apelar para conscientização da comunidade para denunciar locais não identificados com o Detran e principalmente, não comprar peças sem procedência”.
O coronel Cesar avalia ainda a importância da força-tarefa como um instrumento no combate ao roubo e furto de veículos. “Combatemos uma das fontes de lucro desse tipo de crime, que é a comercialização de peças irregulares. Isso colabora para reduzir os indicadores de furto e roubo de veículos”, completa.
A Operação Desmanche já resultou na interdição de 101 locais, na apreensão de cerca de cinco mil toneladas de sucata automotiva, além da prisão de mais de 60 pessoas.
Trabalho integrado
A operação integra esforços da Polícia Civil (PC), da Brigada Militar (BM), do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e do Detran RS. As peças apreendidas são encaminhadas para a Gerdau, que, a partir da parceria com o Estado, as transforma em material de trabalho e dá um novo destino para os objetos por meio de reciclagem.
A ação já passou por 35 municípios: Portão, Passa Sete, Candelária, Curumim, Soledade, Santa Maria, Carlos Barbosa, Sapiranga, Eldorado do Sul, Erechim, Guaíba, Porto Alegre, Cachoeirinha, Portão, Gravataí, Viamão, Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro, Pelotas, São Sebastião do Caí, Estrela, Parobé, Esteio, Alvorada, Camaquã, Caxias do Sul, Arroio dos Ratos, Capão da Canoa, Torres, São Leopoldo, Almirante Tamandaré do Sul, Rio Pardo e Sarandi.
Um dos locais vistoriados já havia sido interditado em outra edição da Operação Desmanche - Foto: divulgação/FT Desmanche |
Força-tarefa
A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) coordena o trabalho e define os alvos, por meio do Setor de Inteligência. O IGP tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran RS autua administrativamente as empresas e coordena a apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A Brigada Militar faz a segurança da operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).
Consulta a peças
O consumidor pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas ao Detran RS. Essas empresas têm, na fachada, o logotipo do órgão. Além disso, cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar no site do Detran RS a relação de empresas credenciadas e fazer uma busca por peças e por município. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passam pelo aval de um responsável técnico, que atesta as condições de segurança.
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