O réu teria sido absolvido pela tentativa de homicídio de outro jovem, ocorrida na mesma noite
(Foto: Elison Bitencourt - Especial DP) |
Foi condenado a 13 anos de
prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado de Rodrigo da
Silva Xavier, o policial militar Diego Weiduschadt, 31 anos. No dia do crime,
18 de abril de 2013, o réu dirigia o carro em que estava Marcos Canez, que seria
o autor dos disparos que vitimou Xico. O fato aconteceu na tua general Telles
esquina Félix da Cunha, no centro de Pelotas.
De
acordo com o pai de Rodrigo, Carlos Xavier, o julgamento durou mais de 14
horas. “Neste resultado não houve vitoriosos, somente perdedores por uma
atitude impulsiva que levaram meu filho a morte, além da minha família, a dos
amigos e as deles (réus) a desestruturação por completo.”
Depois
de debates acalorados, o júri, decidiu pela condenação do PM. Já no caso de
tentativa de homicídio a outro jovem, na mesma noite, Diego foi absolvido.
O julgamento teve início às 10h,
no Foro de Pelotas, que deste às 8h já concentrava amigos e familiares da
vítima. Pela manhã, a plenária ficou lotada e, durante o depoimento da primeira
testemunha, houve muita comoção na plateia.
Diário Popular
O CASO
Segundo O Ministério Público:
Nesta terça-feira, 24, ocorreu no salão do júri do Foro da Comarca de
Pelotas o julgamento do Policial Militar Diego Weiduschadt, acusado de ser
coautor do assassinato de Rodrigo da Silva Xavier, conhecido como "Xico”,
no centro de Pelotas. Após sessão que se estendeu por mais de 15 horas, o júri
popular condenou o réu a 13 anos de detenção por homicídio duplamente
qualificado (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima).
Diego foi o motorista do carro em que estava Marcos Canez Lacerda, também PM.
Marcos desceu do carro e efetuou o disparo que matou Rodrigo. Em um salão de
júri lotado, por familiares e amigos da vítima e do réu, o clima era de
apreensão pelo resultado. Antes do início do julgamento, houve passeata e
protestos de familiares e amigos da vítima, em frente ao Foro, pedindo por
Justiça.
Com início às 9h30min do dia 24, o julgamento se estendeu até a madrugada da
quarta-feira, 25. A acusação foi promovida pelo Promotor de Justiça José Olavo
Bueno dos Passos. O corpo de jurados decidiu, por maioria de votos, que Diego
participou do homicídio, mas o absolveu da acusação de tentativa de homicídio
contra Murilo Fonseca de Albuquerque.
O CASO
No dia 18 de abril de 2013, os PMs Diego Weiduschadt e Marcos Canez Lacerda
saíam de uma festa no centro de Pelotas, quando se envolveram em uma briga com
outro grupo de pessoas. Após deixarem o local, os dois voltaram de carro.
Enquanto Diego dirigia o veículo, Marcos desceu do carro e matou, por engano,
Xico, acreditando que ele fosse um de seus agressores de momentos antes. Após o
crime, a poucos metros dali, Marcos ainda teria efetuado um disparo contra
Murilo Fonseca de Albuquerque, real envolvido na confusão. A bala acabou não acertando
a vítima. A vítima tinha 24 anos e era formada em Administração de Empresas.
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