Na manhã, a Polícia Civil através da 1ª Delegacia Distrital de Pelotas efetuou o cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão na sede de uma conhecida construtora no centro da cidade, e também na residência dos sócios, localizadas nos bairros Laranjal e Três Vendas.
Segundo a Delegada Walquiria Meder, responsável pelo Inquérito Policial, a investigação teve início em Abril deste ano, sendo identificadas pelo menos sete vítimas, que juntas tiveram um prejuízo de mais de um milhão de reais.
Além das pessoas que registraram ocorrências policiais, a empresa responde também a aproximadamente 30 processos na esfera cível.
Durante as investigações foi apurado que os sócios da empresa recebiam valores a título de entrada para a construção de residências, e passavam a ludibriar as vítimas, sempre inventando desculpas para justificar os atrasos para dar início às obras.
Ainda passavam a pressionar as vítimas para que entregassem sempre mais dinheiro, sob o argumento de que somente com os novos pagamentos seria possível dar início à construção. Segundo a delegada, restou evidenciada a intenção de tirar todo o proveito possível das vítimas, mesmo sabendo que as obras jamais seriam iniciadas.
Os investigados alegaram, em seus depoimentos, que a empresa estava "quebrada" em razão de erros de cálculo com materiais, mas eram frequentemente vistos circulando em carros de luxo pela cidade e postando festas e viagens em redes sociais.
Foram ouvidos ex-funcionários da empresa, que confirmaram que mesmo diante da situação da empresa, com reclamações de inúmeras vítimas, eram orientados pelos sócios para que continuassem vendendo novas construções.
"Algumas vítimas se desfizeram de suas casas para investir nas novas construções. O sonho da casa própria se tornou um pesadelo para essas pessoas que pagaram à construtora um valor economizado durante uma vida inteira!”, informou a delegada.
Na operação foram apreendidos celulares e documentos que serão analisados na investigação que segue em curso.
O crime de Estelionato tem pena de reclusão de 1 a 5 anos.
Evaldo Gomes com informações da 18ª Delegacia de Polícia Civil Regional Pelotas
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