Aprovados em concurso da Brigada Militar estão acampados em frente ao Piratini Foto: Matheus Schuch / Rádio Gaúcha |
Com a extensão até o fim do ano do decreto do
governo do Estado quesuspende a convocação de
concursados, ao menos 12 mil pessoas
devem deixar de ser chamadas neste ano. São mais de 5 mil aprovados no último
concurso do magistério; 3,8 mil no concurso da Secretaria de
Recursos Humanos; 2 mil na Brigada Militar (BM);
entre policiais e bombeiros; 650 na Polícia Civil;
e 650 na Secretaria Estadual da Saúde. O número é
ainda maior se forem consideradas seleções para órgãos estaduais que ofereceram
quantidade menor de vagas.
Há mais
de dois meses acampados em frente ao Piratini, os aprovados no concurso da BM
ficaram revoltados com a medida anunciada nesta quarta-feira (3) pelo Piratini.
Além do congelamento de convocações, um projeto de lei prevê o retorno de
policiais da reserva para atuarem em áreas administrativas.
“A gente
fica chateado, até porque estudamos para o concurso, fizemos exame médico,
etapa física e psicológica”, desabafa Carlos Henrique Haag.
A
situação também preocupa o Sindicato dos Professores (Cpers). Segundo a
presidente da entidade, Helenir Oliveira, 5.018 aprovados aguardam nomeação.
“Estamos
no meio do ano e ainda há escolas sem professores, vamos fazer uma pressão para
que mais docentes sejam chamados neste ano”, promete. A única exceção até agora
foi a posse de 540 professores aprovados em 2013, mas, segundo o sindicato,
cerca de 200 recusaram o trabalho, dando margem à contratação de mais
temporários.
Ao
anunciar a extensão do decreto, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi,
argumentou que a situação financeira do Estado não permite o comprometimento de
receita. Ele garante que o governo estudará casos emergenciais, mas não pode
assegurar nenhuma nomeação.
Diferente
dos concursos na área de segurança e educação, os aprovados na seleção da
Secretaria de Recursos Humanos ainda aguardam a homologação do concurso, que
foi realizado no ano passado. Enquanto isso, as 240 vagas para níveis superior
e técnico são ocupadas por trabalhadores temporários. A partir do momento em
que o Estado homologar o concurso, não poderá renovar contratos emergenciais e
terá que chamar os aprovados.
Matheus Schuch / Rádio
Gaúcha
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