O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) denunciou na quarta-feira, dia 17 de abril, oito integrantes de organização criminosa investigada por dominar o comércio ilegal de gás em Rio Grande.
Ao todo, dois apenados e seis pessoas que respondem em liberdade foram responsabilizadas por lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia do promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do GAECO Sul, todos os envolvidos foram alvo de duas operações, Opulência 1 e 2, realizadas em março de 2022 e junho de 2023. Eles adquiriram vários imóveis e veículos depois de movimentar mais de R$ 3 milhões com o comércio ilícito. Antes desta denúncia, o GAECO/MPRS já havia denunciado, anteriormente, os mesmos investigados e também outras pessoas por organização criminosa, extorsão e violação do sigilo funcional.
“Esta nova denúncia foi possível após uma análise técnica realizada pelo GAECO, principalmente em celulares apreendidos. Vale lembrar que o líder deste esquema do gás, que se encontra no sistema prisional, mantinha ligações de vídeo de forma direta com um ex-diretor da Penitenciária Estadual de Rio Grande, que foi denunciado recentemente por corrupção por permitir o ingresso de drogas e telefones na casa prisional”, ressalta o promotor Rogério Meirelles Caldas.
OPERAÇÃO OPULÊNCIA 1 E 2
A Operação Opulência 1 foi realizada no dia 24 de março de 2022. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em uma residência e uma revenda de gás de integrantes do grupo criminoso. Foi apurado que pequenos comerciantes de gás foram intimidados para comprarem o produto da facção envolvida no esquema ou foram obrigados, por medo, a abandonarem seus negócios.
A Operação Opulência 2 foi realizada no dia 28 de junho do ano passado. A ação do GAECO/MPRS contou com o apoio da Brigada Militar, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Receita Estadual, Polícia Civil do Rio de Janeiro e GAECO/MPRJ. Seis pessoas foram presas de forma preventiva pela prática de crimes de extorsão, formação de cartel, ocultação de bens e agiotagem em Rio Grande. Foram cumpridos 107 mandados judiciais no Rio Grande do Sul, em Criciúma/SC e no Rio de Janeiro/RJ.
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