Pelotas acaba de fazer história a nível nacional, sendo reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio material e imaterial do Brasil. A tradição doceira de Pelotas, que inclui a “Tradição Doceira da Região
de Pelotas e Antiga Pelotas - Morro Redondo, Turuçu, Capão do Leão e Arroio do Padre”, também foi inserida no Livro de Registro do Patrimônio Imaterial, na categoria dos saberes (artigo 1ᵒ ,SS1ᵒ, inciso I, do Decreto 3.551/2000).
O reconhecimento aconteceu em reunião nesta terça-feira, 15 de maio, no Iphan, em Brasília.
Essa é a primeira vez que acontece o registro duplo por parte do Instituto. O processo levou mais dez anos para ser finalizado. Com ele, o Conjunto Histórico de Pelotas será tombado, com registro nos três livros do Iphan: Livro de Tombo Histórico; Livros de
Belas Artes e Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. A partir de agora, a manutenção da tradição passa a ser uma responsabilidade do município. As praças José Bonifácio, Coronel Pedro Osório, Piratinino de Almeida, Cipriano Barcelos e o Parque
Dom Antônio Zattera, conjuntamente com a Charqueada São João e a Chácara da Baronesa são reconhecidas como Patrimônio Cultural Brasileiro. A Presidente do Iphan, Kátia Bogéa, destacou que Pelotas é um caso raro de município que possui Lei de Preservação do
Patrimônio Cultural, com prédios tombados pelo município, exemplo a ser seguido.
A reunião que concedeu os registros foi acompanhada por uma grande comitiva pelotense. Estiveram presentes Paula Mascarenhas, Prefeita de Pelotas; Giorgio Ronna, Secretário de Cultura de Pelotas; Adriane Silveira, Presidente do Conselho Municipal do
Patrimônio Histórico e Cultural de Pelotas e Produtora Cultural da CDL Pelotas; Enio Lopes, Gestor CDL Pelotas; José Laitano, CDL Pelotas; Luciana Silva, Presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas; Onélia Mendes Leite, Doceira; Iya Gisa de
Oxalá; Angelica B. dos Santos Milech, da Associação Morro de Amores/Morro Redondo; Flávia Rieth, da UFPEL e Daniel Vaz Lima, da UFPEL.
“Estamos todos muito felizes com esse reconhecimento inédito do Iphan e, nesse momento, é preciso lembrar que foi uma conquista coletiva de um trabalho de muitos anos, que uniu a iniciativa pública, privada, universidades e doceiras. Tudo para que hoje Pelotas
e sua população tenham essa consciência e orgulho de suas raízes e tradições, o que fortalece a defesa do patrimônio”, avaliou a
Paula Mascarenhas, Prefeita de Pelotas.
Por: Reverso Comunicação
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