Foto: Reprodução Facebook |
Promotoria de Justiça de Indaial
informou que o aluno de 15 anos suspeito de dar um soco na
professora Marcia Friggi, de 51 anos, tem histórico de
violência doméstica e envolvimento com drogas, bem como passagens por agressão.
"O Ministério
Público avalia que, confirmada essas acusações [agressão a professora e
histórico de violência], seja possível postular uma internação", disse a
promotora de Justiça de Indaial, Patrícia Tramontim.
Na segunda-feira (21),
dia da agressão, a professora fez
boletim de ocorrência contra o estudante. Ela disse à polícia que o
caso ocorreu na sala da direção de uma escola municipal de Indaial após ela
chamar a atenção do aluno. Segundo ela, o
soco foi forte o suficiente para jogá-la contra a parede.
Ainda segudo a
promotora, para a solicitação de internação é preciso aguardar que a Polícia
Civil repasse as informações finais do caso. Na terça (22), o delegado
responsável pelo caso, José Klock, afirmou que quer concluir o inquérito até o
final da semana.
"Em casos de lesão
corporal costuma-se por padrão nessa promotoria pedir a prestação de serviço
comunitário. O que temos como agravante neste caso é a reincidência, esse
histórico de desrespeito tanto na família, como no colégio", disse a
promotora.
Histórico de agressões
Em 2016, o adolescente já havia sido denunciado por
lesão corporal contra a própria mãe e, em 2017, por ameaça contra
um Conselheiro Tutelar, que acompanha o desenvolvimento do rapaz. Na ocasião, o
jovem havia afirmado que daria um soco no rosto do profissional.
Conforme a promotora, ele
também bateu em um colega de classe em outra escola.
Depoimentos
Marcia prestou depoimento na
terça-feira. Klock afirmou que o depoimento da professora foi basicamente o que
ela já havia relatado no boletim de ocorrência. "Coerente, discurso
normal", resumiu. "Ela não
quer represália contra o adolescente, não quer que gere mais violência".
Nesta quarta (23), a polícia
deve ouvir a diretora e mais três pessoas que estavam com ela na sala onde
teria ocorrido a agressão. Em seguida, o adolescente deve prestar depoimento.
"Já entramos em contato
com a mãe dele. Vamos buscá-lo, levá-lo. Temos interesse de dar prioridade ao
caso em virtude do clamor público", declarou o delegado.
G1 RS
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