Em sessão de julgamento do Tribunal do Júri da Comarca de Sapiranga, encerrada na noite desta quinta-feira, 19/1, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação do réu Yago Rudinei da Silva Machado e de sua mãe, Ledamaris da Silva. Eles foram acusados de matar, por esgorjamento (cortes profundos no pescoço), o Tenente do Corpo de Bombeiros, Glaiton Silva Contreira, em outubro de 2020. Os dois haviam sido denunciados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado.
A Juíza de Direito Milena Motta de Carvalho, da Vara Criminal de Sapiranga, que presidiu o júri, fixou a pena de Ledamaris em 17 anos, 06 meses e um dia de reclusão, e de Yago em 15 anos, 04 meses e 15 dias de reclusão, ambos em regime inicial fechado. Eles não poderão apelar em liberdade, sendo mantida a prisão de ambos. Ledamaris está recolhida no Presídio Madre Pelletier, em Porto Alegre, e Yago no Presídio Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas.
O júri, que iniciou na quarta-feira, 18/1, teve duração de cerca de 24 horas. O Conselho de Sentença foi formado por cinco mulheres e dois homens.
No primeiro dia do júri, ocorreu a oitiva das testemunhas. Pela acusação foi ouvido um policial militar. Pela defesa foram cinco testemunhas: dois médicos psiquiatras, uma psicóloga, um amigo do réu e o pai do réu.
No julgamento, atuaram os Promotores de Justiça Karen Cristina Mallmann e Francisco Saldanha Lauenstein. Pela defesa da ré Ledamaris, os Advogados Nemias Rocha Sanches, Camila Espindola Ferreira e Fernando de Souza Pedroso. Já o réu Yago, foi defendido pelos Advogados Michele Jociane Ali Zini, Dione Luiza Ferreira e Marçal Luis Ribeiro Carvalho.
O Fato
Conforme denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu no dia 25/10/20, na Rua Travessão Campo Bom, Bairro São Luiz, em Sapiranga/RS. O plano da morte foi arquitetado por Ledamaris e Yago, enteado de Glaiton. O motivo do crime foi em virtude de interesses patrimoniais. Por volta das 19h, Glaiton foi sedado com gás sevoflurano sendo logo em seguida, levado até o carro. A vítima foi morta em um lugar ermo, com cortes de estilete na região do pescoço, atingindo a carótida esquerda. Após, Yago fugiu do local dispensando a arma do crime, aparelho de celular e demais objetos pertencentes de seu padrasto, sob uma ponte.
Texto: Fabiana Fernandes / Diretora de Imprensa: Rafaela Souza
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