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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Justiça condena professora por estupro de vulnerável contra uma aluna

Uma professora do município de Pedro Osório foi condenada pela Justiça a 15 anos de reclusão pela prática de estupro de vulnerável contra uma aluna. Os atos teriam ocorrido durante o ano de 2012 - sendo denunciados pela mãe da adolescente, na época com 13 anos. 

O relacionamento teria, a princípio, inciado na escola. Desconfiada do comportamento da menina, a mãe instalou um programa espião ao qual ela tinha acesso ao conteúdo das conversas que a menor mantinha com a professora. Em uma delas a acusada disse que "rolava na cama pensando na adolescente". Conforme a denúncia, a docente começou a realizar encontros sexuais com a menina no Camping Municipal de Pedro Osório. 

Nessas ocasiões, no interior do veículo, a professora beijava a boca da menor, passava as mãos nos seios e órgãos genitais. A adolescente seria estimulada a acariciá-la de forma recíproca. 

Logo após abertura do processo, a professora foi exonerada do cargo. Para a mãe da vítima, a educadora se aproveitou da hierarquia e da influência sobre a menina para praticar os abusos. Além dos encontros sexuais, houve troca de fotografias em poses sensuais, mensagens eróticas, cartas e até alianças de compromisso. "Eu quero falar para que as mães fiquem alertas com seus filhos. Aconteceu comigo. Se eu não tivesse percebido, sei lá o que poderia ter acontecido porque essa pessoa estava obcecada pela minha filha", comentou. Nas conversas entre a menor e a professora, a mulher pedia que a adolescente não contasse para ninguém da relação. A docente disse, inclusive, na época, que deixaria o marido para ficar com a vítima. Pelo Facebook, a professora fazia a aluna prometer que nunca iria tirar a aliança do dedo. "É preciso denunciar. Casos como esse não podem ficar impunes", completou a mãe da vítima, que hoje tem 18 anos. 

O advogado de defesa, Antônio Ernani Pinto Filho, garante que ainda não teve acesso a sentença mas tem conhecimento do teor condenatório, podendo a ré recorrer da decisão em liberdade. Ele afirma ainda que deve discutir a decisão nos tribunais. Procurada, a secretária de Educação do município, Margareth Fiori, disse que não iria se manifestar sobre o assunto, uma vez que o caso teria ocorrido em outras gestões e, por isso, não teria o que falar. A diretora da escola em que a acusada trabalhava também preferiu manter o silêncio por não ter atuado naquele período.


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