Uma professora do
município de Pedro Osório foi condenada pela Justiça a 15 anos de reclusão pela
prática de estupro de vulnerável contra uma aluna. Os atos teriam ocorrido
durante o ano de 2012 - sendo denunciados pela mãe da adolescente, na época com
13 anos.
O relacionamento teria, a princípio, inciado na escola. Desconfiada do
comportamento da menina, a mãe instalou um programa espião ao qual ela tinha
acesso ao conteúdo das conversas que a menor mantinha com a professora. Em uma
delas a acusada disse que "rolava na cama pensando na adolescente".
Conforme a denúncia, a docente começou a realizar encontros sexuais com a
menina no Camping Municipal de Pedro Osório.
Nessas ocasiões, no interior do
veículo, a professora beijava a boca da menor, passava as mãos nos seios e
órgãos genitais. A adolescente seria estimulada a acariciá-la de forma
recíproca.
Logo após abertura do processo, a professora foi exonerada do cargo.
Para a mãe da vítima, a educadora se aproveitou da hierarquia e da influência
sobre a menina para praticar os abusos. Além dos encontros sexuais, houve troca
de fotografias em poses sensuais, mensagens eróticas, cartas e até alianças de
compromisso. "Eu quero falar para que as mães fiquem alertas com seus
filhos. Aconteceu comigo. Se eu não tivesse percebido, sei lá o que poderia ter
acontecido porque essa pessoa estava obcecada pela minha filha", comentou.
Nas conversas entre a menor e a professora, a mulher pedia que a adolescente
não contasse para ninguém da relação. A docente disse, inclusive, na época, que
deixaria o marido para ficar com a vítima. Pelo Facebook, a professora fazia a
aluna prometer que nunca iria tirar a aliança do dedo. "É preciso
denunciar. Casos como esse não podem ficar impunes", completou a mãe da
vítima, que hoje tem 18 anos.
O advogado de defesa, Antônio Ernani Pinto Filho,
garante que ainda não teve acesso a sentença mas tem conhecimento do teor
condenatório, podendo a ré recorrer da decisão em liberdade. Ele afirma ainda
que deve discutir a decisão nos tribunais. Procurada, a secretária de Educação
do município, Margareth Fiori, disse que não iria se manifestar sobre o
assunto, uma vez que o caso teria ocorrido em outras gestões e, por isso, não
teria o que falar. A diretora da escola em que a acusada trabalhava também
preferiu manter o silêncio por não ter atuado naquele período.
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