Michael Flach (ao centro) atuou na acusação |
No dia 20 deste mês foi
submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri de Camaquã a ré Laura Drosdosky,
acusada de dupla tentativa de homicídio qualificado contra a cunhada, Claudiane
Dosdosky, ocorrida no interior de Dom Feliciano. Ela foi condenada a 14 anos e
nove meses de prisão, sem direito de apelar em liberdade. Ainda assim, o
Ministério Público recorreu da punição, por considerar que as circunstâncias do
caso requerem pena maior.
O CASO
Em 2 de janeiro de 2013,
durante o almoço, Laura preparou um suco para Claudiane, no qual adicionou
veneno. Imediatamente ela passou mal e foi levada ao hospital. Após ser
medicada, a mulher retornou para casa e ficou sob os cuidados da cunhada, que
lhe preparou um chá, novamente com veneno. Laura utilizou o pesticida agrícola
“Furadan”. Em virtude do envenenamento, a vítima ficou vários dias internada no
hospital em estado grave.
O caso só foi descoberto
meses depois, após o falecimento da sogra da acusada e de uma criança de quatro
anos, filho de Claudiane, com os mesmos sintomas. Isso despertou as suspeitas
de que Laura estava deliberadamente envenenando e matando os membros da
família.
O corpo de jurados
acolheu a tese do Ministério Público de que o fato se tratava de duas
tentativas de homicídio qualificadas pelo envenenamento e o uso de recurso que
dificultou a defesa da vítima. A acusada responde, ainda, a mais dois processos
pelo homicídio consumado da sogra e do sobrinho, e está sendo investigada por
ter tentado matar envenenado o próprio marido.
Atuou na acusação o
Promotor de Justiça Michael Schneider Flach, que utilizou recursos de mídia
desenvolvidos pela Assessoria de Imagem Institucional da PGJ durante a
explanação das provas.
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