Fim da iniciativa, que já era previsto para ocorrer até dezembro, também se deve ao início do planejamento da Operação Golfinho, com envio de mais de 2 mil PMs para o Litoral
Os 150 brigadianos remanejados do Interior voltam para suas cidades de origem. Outros 50 da Capital retomam atividades administrativasFoto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS
A partir desta segunda-feira a Capital perde o reforço de 200 policiais militares para o serviço de patrulhamento. A Brigada Militar (BM) decidiu desmobilizar as atividades do Comando Operacional de Policiamento (COP), implantado em agosto deste ano. A iniciativa era baseada na experiência da Copa do Mundo, quando cerca de 1,6 mil PMs de todo o Estado reforçaram o policiamento em Porto Alegre.
A desmobilização, que tinha previsão para ocorrer até dezembro, também serve para que a BM possa encaminhar o planejamento da Operação Golfinho, que todos os anos remaneja mais de 2 mil PMs para encorpar a patrulhamento ostensivo no Litoral. De acordo com a assessoria de imprensa do comando-geral, a operação deve iniciar no dia 20 de dezembro, mas a data e o período de duração ainda não foram oficializados.
Com o fim do COP, a última turma de 150 brigadianos de todas as regiões que vieram atuar na Capital voltam para os seus batalhões de origem. A cada 20 dias, um grupo passava uma temporada em Porto Alegre e depois retornava. Outros 50 PMs da Capital que haviam sido remanejados de funções administrativas retomam suas atividades internas. De acordo com o tenente-coronel Carlos Alberto Selistre, comandante do 4º Regimento de Polícia Montada (RPMon), onde o COP estava sediado, um balanço da operação de reforço deve ser finalizado até o final da semana, mas a avaliação inicial é de sucesso.
– Tivemos um incremento de eficiência e eficácia nos locais onde o COP atuou. Ainda não temos os números fechados, mas o roubo a pedestre foi uma das ocorrências que apresentou queda significativa – adianta Selistre.
Ao mesmo tempo que aponta redução das ocorrências devido aos esforços do COP, o comandante não acredita, no entanto, que saída deste efetivo das ruas da Capital terá impacto inverso, com aumento da criminalidade. Conforme o tenente-coronel, os batalhões de cada área têm condições de reorganizar suas estratégias de atuação para manter o trabalho que vinha sendo feito.
– Vamos nos articular e usar da criatividade para não deixar se perder a sensação de segurança que foi ganha – comenta Selistre.
A BM amarga um déficit de quase 40% no efetivo e o remanejamento de PMs, tanto durante a Copa do Mundo quanto ao longo das operações do COP, sofreu duras críticas. A Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), reclamou do esvaziamento na segurança da cidades no Interior, apontando, inclusive, aumento nos indíces de criminalidade. No início de outubro, a Justiça de Pelotas acolheu um ação do Ministério Público do Estado (MP-RS) e proibiu o deslocamento de PMs da cidade na Região do Sul para Porto Alegre.
Segundo Selistre, a retomada do COP em Porto Alegre para depois da Operação Golfinho, que normalmente se estende até o início de março, vai depender do comando da BM a partir de janeiro de 2015. Após tomar posse, o governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) deve nomear novos oficiais para a cúpula da corporação.
Fonte: ZHNotícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são de inteira responsabilidade do leitor e não representam a opinião do Blog