Há nove dias sem luz, Zoaldina Silveira Farias precisou alugar um gerador para não perder as doses de insulina, que precisa para tratar a diabetes. Moradora de Pelotas, na Região Sul do estado, ela enfrenta, junto com outros, a falta do serviço desde a passagem do último ciclone, que levou ventos intensos à região.
"Complicado. É falta de consideração com as pessoas. Eles ligaram pra umas casas e não ligaram pra outras", relata a dona de casa, que mora na Estrada da Costa. Com a necessidade de aplicação diária do medicamento, ela precisou arcar com o aluguel de R$ 750 para alugar o gerador e manter as doses resfriadas.
A CEEE Equatorial, concessionária de energia responsável pelo serviço na região, informa em nota que a falta de energia atinge "pontos isolados".
Ciclone chegou a deixar mais de 800 mil moradores sem luz, na semana passada
O responsável pelo núcleo do consumidor na Defensoria Pública do RS, Rafael Magagnin, acompanha a situação e não descarta a possibilidade de ingressar com uma ação coletiva na Justiça. Conforme explica o órgão, a tarifa mínima não pode ser cobrada pelos dias que ficaram sem luz.
Segundo a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), cerca de 900 clientes ainda estariam sem energia elétrica. A agência explicou que já pediu que a CEEE Equatorial passe por fiscalização. Para a próxima semana, está prevista uma reunião na Agência Nacional de Energia Elétrica para tratar sobre essa situação.
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