Investigações apontaram que parte dos anabolizantes consumidos
no Rio Grande do Sul era fornecido por três organizações criminosas.
(Foto: PF/Divulgação)
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Polícia Federal deflagrou,
na manhã desta sexta-feira (23), uma operação para desarticular três
organizações criminosas responsáveis pelo comércio irregular de anabolizantes e
outros medicamentos para emagrecimento. São cumpridos 30 mandados de prisão e
75 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A participação de policiais
civis, militares e federais é investigada.
Ordens Judicias cumpridas na
Operação Proteína
Local
|
Busca e apreensão
|
Prisão
|
Rio Grande (RS)
|
3
|
0
|
Pelotas (RS)
|
9
|
0
|
Porto Alegre (RS)
|
1
|
0
|
Palhoça (SC)
|
2
|
2
|
Rio de Janeiro (RJ)
|
3
|
0
|
Vitória (ES)
|
1
|
0
|
Foz do Iguaçu (PR)
|
2
|
2
|
Guaíra (PR)
|
0
|
1
|
São Paulo
|
54
|
25
|
Fonte: PF
As investigações começaram
em julho de 2016 após informações sobre o comércio irregular das substâncias em
academias, lojas de suplementos alimentares na cidade gaúcha de Rio Grande, no
Sul do estado.
Segundo a Polícia Federal,
parte do anabolizante irregular consumido em Rio Grande era fornecida por três
organizações criminosas estabelecidas na cidade de São Paulo.
Esses grupos importavam de
forma irregular, segundo a polícia, anabolizantes e medicamentos fabricados no
Paraguai, na Argentina, na Índia, e em outros países. O material, sem registro
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), era distribuído para
diversos estados.
Ainda conforme a Polícia
Federal, há indícios de falsificação e comercialização de medicamentos
adulterados, como hormônios de crescimento, e também da aquisição de
anabolizantes no mercado interno, de forma fraudulenta, que eram desviados para
serem revendidos de forma clandestina.
A estimativa da polícia é de
que as três organizações movimentavam R$ 2 milhões mensalmente.
As investigações apontaram
ainda que o esquema tinha participação de servidores de órgãos de segurança
pública. Por isso, policiais federais, civis e militares são investigados na
operação.
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