A Polícia Civil, através da equipe da DRACO de Pelotas, com apoio essencial da PRF, cumpriu, na manhã de hoje, cinco mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário em investigações que versam sobre delitos de roubo e de falsificação de sinais identificadores de veículo automotor.
Inicialmente, enquanto realizavam investigações sobre roubos a residência, os policiais perceberam que os veículos utilizados pelos criminosos eram sempre oriundos de roubos anteriores, e rodavam com placas falsas a fim de dificultar o trabalho policial.
Após a apreensão de tais veículos, em trabalho conjunto com a PRF, comprovou-se que as placas falsas eram fabricadas em empresas credenciadas junto ao DETRAN.
A partir deste momento, as investigações focaram também no ilícito relacionado à fabricação das placas falsas, com o intuito de aumentar o cerco aos criminosos.
Na manhã de hoje, os policiais da DRACO cumpriram mandados de busca e apreensão nas empresas responsáveis pela fabricação das placas falsas, e nas residências dos sócios proprietários e da funcionária responsável por cadastrar no sistema a inutilização das placas, que não ocorria, e permitia assim que fossem fabricadas placas falsas na mesma estampa das placas originais do DETRAN.
As diligências buscam reunir elementos que auxiliem nas investigações, em procedimentos policiais que já se encontram em andamento.
Os investigados poderão ser responsabilizados por crimes de adulteração de sinal identificador de veículos automotores, receptação qualificada, inserção de dados falsos em sistema público de informações, e até mesmo pelos roubos praticados com os veículos roubados.
*Entenda o esquema*: um grupo criminoso investigado pela prática de crimes de roubo a residência subtrai os veículos das vítimas a fim de utilizar tais veículos em futuras ações criminosas. Com o objetivo de dificultar a identificação pelas forças policiais, os criminosos buscam nas empresas investigadas placas falsas com dados pertencentes a um veículo idêntico, mas sem qualquer restrição. As empresas investigadas alimentam o sistema de controle com a inutilização de estampas que seriam destinadas ao comércio regular, identificando veículos no mercado lícito, mas, ao invés de destruirem a placa que seria inutilizada por erro, fabricam uma placa com dados falsos para possibilitar a circulação de um veículo com restrição de roubo, sem que a restrição seja percebida apenas com a análise dos caracteres contidos nas placas.
18ª Delegacia Regional de Pelotas
Evaldo Gomes Notícias - Canguçu - Ao copiar cite a fonte



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