Um esquema sofisticado de reinserção de iPhones roubados em Pelotas foi desarticulado no fim da tarde desta sexta-feira (30) a partir de investigação dos policiais da 2ª Delegacia de Polícia Distrital de Pelotas.
Dois criminosos foram presos na ação que identificou uma estrutura criminosa que se utilizava, inclusive, de sites hospedados fora do país, pagos em criptomoedas, para desbloquear os smartphones da Apple.
"Nossa investigação começou há dois meses quando foram registrados alguns roubos a pedestre, em que foram levados diversos smartphones de inúmeras vítimas. Somente em um dos casos, das seis pessoas abordadas, os criminosos levaram três iPhones. Nossa equipe, então, desde o fim de semana se concentrou em identificar os autores dos roubos, bem como tentar identificar a partir de ferramentas de inteligência o destino dos aparelhos", destacou o Delegado Titular da 2ª DP, César Nogueira.
A Polícia Civil passou a monitorar a ação do grupo. Em contato constante com as vítimas, uma delas indicou que o smartphone tinha sido ligado em uma localidade no bairro Areal na tarde de hoje. "Com a informação fomos à localidade indicada e, após inúmeras diligências, identificamos uma loja de manutenção de aparelhos que funcionava atrás de um bazar. No local conseguimos identificar o celular de uma das vítimas, além de dezenas de smartphones sem procedência. Todos foram apreendidos", explicou o Delegado.
O suspeito confessou aos policiais como funcionava o esquema. "Ele disse à nossa equipe que tinha recebido o iPhone de uma banca do Pop Center e que utilizava um site hospedado fora do Brasil para realizar o desbloqueio de aparelhos da marca Apple, que tem um sistema de segurança mais difícil de ser rompido. Chamou atenção que o custo da operação superava os mil reais e era pago em criptomoedas, demonstrando como o negócio gera lucro ao grupo. Com base no interrogatório dele, identificamos também o proprietário da banca do Pop Center", destacou César Nogueira.
Com os dois suspeitos identificados, ambos foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento, onde a autoridade policial de plantão determinou a lavratura do auto de prisão em Flagrante pelo crime de Receptação Qualificada. Após os procedimentos de praxe, os indivíduos foram encaminhados ao Sistema Prisional. Agora, na sequência das investigações, o Delegado César Nogueira acredita que será possível identificar outras vítimas dos smartphones apreendidos para restituição, bem como a identificação de outros indivíduos que façam parte do grupo criminoso.
Polícia Civil - 18ª Delegacia Regional