Foto: Diário Popular |
O empresário Walnir
Treichel se entregou na noite desta segunda-feira (24) à Delegacia de Polícia
de Canguçu. Ele recorria em liberdade após ter sido condenado a 17 anos de
prisão por coordenar o assassinato da esposa, Gleci Treichel, em abril de 2003.
O promotor José Olavo
Passos entrou com o mandado de prisão imediata, posteriormente expedido pelo
juíz Regis Vanzim, por entender que não havia mais recursos à disposição do
condenado após se esgotar o segundo grau de jurisdição.
Treichel, então,
passou a ser procurado pela Delegacia Especializada em Furtos Roubos
Entorpecentes e Captura (Defrec) e na noite de segunda-feira se entregou à
Delegacia de Polícia de Canguçu e foi encaminhado ao presídio estadual daquela
cidade, onde ficará recluso provisoriamente até ser encaminhado a Pelotas.
Passos salienta que
mesmo que o condenado entre com recursos no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e
Supremo Tribunal Federal (STF), estes não possuem efeito suspensivo, ao que a
prisão é definitiva.
Relembre
No dia 23 de abril de
2003, Gleici Treichel, então com 47 anos, leva o pai a consulta médica e é
sequestrada por dois homens. Horas depois, o corpo é encontrado com um tiro na
cabeça no Passo dos Carros, no Capão do Leão.
Em 9 de junho daquele
ano, Walnir, marido da vítima, tem a prisão decretada pela polícia apontado
como mandante do crime. Um mês depois, três acusados são presos: Milton Funari,
tido como o contratante dos executores, e os irmãos Ilson e Leonardo Oliveira,
apontados como autores do sequestro e do assassinato.
Dois anos depois,
todos os envolvidos são beneficiados por recurso e passam a responder em
liberdade. De 2005 a 2014, o caso passa por três delegados de polícia, dois
promotores e quatro juízes que analisam os recursos impetrados pela defesa.
Finalmente em outubro três dos quatro réus são sentenciados: Milton Funari é
condenado a 12 anos de prisão enquanto Ilson e Leonardo Oliveira pegam, cada um
16 de pena.
Em julho de 2016, é a
vez de Walnir Treichel ser condenado, em júri popular, a 17 anos de prisão. O
promotor José Olavo Passos sentencia que a motivação foi passional e o MP pede
a prisão preventiva do condenado, que passa a responder em liberdade por
decisão do juíz da 1ª Vara Criminal, Paulo Ivan Medeiros.
Fonte Diário Popular
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