Aposentado
por invalidez, Leandro Rosa de Oliveira vem sofrendo duplamente com a crise que
afeta o funcionalismo público no RS. Além de ter o salário parcelado, ele não
tem recebido em dia do Estado o ressarcimento do dinheiro que gasta no seu
tratamento médico, um direito que lhe é garantido por lei.
Oliveira, de 33 anos, era
agente penitenciário da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
Ele perdeu o movimento das pernas ao sofrer um acidente de trânsito em janeiro
de 2011, quando estava em serviço. Desde então, se dedica ao tratamento de
reabilitação motora.
Hoje gasta R$ 2,2 mil
mensais com fisioterapia e medicamentos. Como não recebe o ressarcimento do
governo desde dezembro, são cerca de R$ 8,5 mil em atraso. “Sempre que pergunto
para a Susepe, a resposta é de que não há previsão, não há verba destinada para
este fim.”
Mesmo sem o dinheiro,
Oliveira mantém a rotina de fisioterapia. Contrariando o diagnóstico inicial do
médico, já começou a dar alguns passos com a ajuda de um andador. “Para
continuar o tratamento o jeito é pedir empréstimo no banco. Às vezes também
tenho a ajuda da família, de colegas de trabalho, que se sensibilizam com a
minha situação.” A alegria fica por conta da filha de 5 anos, que passa boa
parte do dia com ele. É ela que acompanha as pequenas vitórias do pai. / G.L.
Fonte: Estadão
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