Manifestação por Justiça no caso das mortes
reuniu 400 pessoas no centro da cidade
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A Promotoria de Justiça de Piratini denunciou Armando Meireles
Furtado, de 74 anos, e seus dois filhos Armando Marcos de Mendonça Furtado, 46
anos, e Edelmiro de Mendonça Furtado (Policial Militar), 41, por formação de
milícia. Os filhos devem responder, também, pelos homicídios duplamente
qualificados de Horaci da Rosa Ávila e Hermínio da Rosa Ávila. A denúncia foi
apresentada à Justiça nesta segunda-feira, 25, pelo Promotor de Justiça
Adoniran Lemos Almeida Filho. Os irmãos ainda foram denunciados por porte de
arma e coação no curso do processo. Ambos estão presos preventivamente.
Conforme a denúncia, a milícia era conhecida na localidade como os “xerifes do seu Armando”. As atividades iniciaram em 2015, quando a milícia foi idealizada, inicialmente, para proteger suas propriedades contra abigeatos (furto e roubo de gado). Para tanto, passaram a realizar rondas noturnas nas estradas vicinais da cidade, o que levou ao oferecimento da prestação de serviços a outros produtores rurais.
As rondas eram realizadas com maior frequência por Armando Marcos de Mendonça Furtado (conhecido como Armandinho), que andava armado e abordava veículos suspeitos para “averiguações”. Caso desconfiasse que os suspeitos pudessem estar “caçando” ou praticando abigeato, eles eram ameaçados, inclusive de morte.
HOMICÍDIOS
No dia 2 de março deste ano, por volta das 20h, em uma estrada vicinal próxima ao “Corredor Rubischek”, no 4º Distrito de Piratini, Edelmiro e Armandinho mataram Horaci da Rosa Ávila e Hermínio da Rosa Ávila. Após verem as vítimas passando de carro pelo “Corredor Rubischek”, os irmãos passaram a persegui-las, atirando, a bordo de uma caminhonete. O condutor do Chevette perdeu o controle da direção do veículo, saiu da estrada e acabou caindo em um barranco. Conforme laudo pericial, ambos estavam ainda com vida quando levaram tiros na cabeça, sem qualquer condição de se defender.
Os homicídios foram causados por motivo torpe (em razão do sentimento de vingança que Edelmiro nutria em relação às vítimas) e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.
AMEAÇAS A TESTEMUNHAS
No dia seguinte pela manhã, Edelmiro ameaçou, com emprego da pistola de propriedade da Brigada Militar, o irmão das vítimas, que foi à veterinária do pai, Armando, cobrar explicações sobre a morte de Horaci e Hermínio. Ele só abaixou a arma quando um terceiro interveio. À tarde, Armandinho empregou um revólver, não identificado, para ameaçar outra pessoa na rua, que também pediu explicações sobre os homicídios.
Os irmãos passaram a ameaçar as testemunhas que seriam ouvidas no expediente policial, afirmando que, caso dessem depoimento à polícia, os denunciados iriam “apagar” alguém.
Durante todo o período em que funcionou a milícia, Armandinho portou armas de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. A quem perguntasse se ele tinha autorização para tanto, ele respondia: “não sei se pode, eu posso”.
AMEAÇAS
Em um dos casos de ameaça, ocorrido no dia 21 de fevereiro deste ano, em uma estrada vicinal localizada no 4º Distrito de Piratini, Armandinho abordou o veículo que era conduzido por Jean Ulguim Farias e Wesller Ulguim Farias, que retornavam para casa. Agindo como se fosse policial e portando ostensivamente uma arma de fogo nas mãos, ele mandou as vítimas pararem o veículo e desligarem as luzem. Ele chamou o pai e o irmão PM ao local, que disse que revistaria o veículo e, se encontrasse vestígio de que estivessem caçando, prometeu que os mataria e colocaria fogo no veículo, pois não haveria testemunhas e “morto não fala”. As vítimas ficaram “detidas” pela milícia por aproximadamente três horas, até a chegada de familiares que faziam buscas pelos dois em virtude da demora.
Conforme a denúncia, a milícia era conhecida na localidade como os “xerifes do seu Armando”. As atividades iniciaram em 2015, quando a milícia foi idealizada, inicialmente, para proteger suas propriedades contra abigeatos (furto e roubo de gado). Para tanto, passaram a realizar rondas noturnas nas estradas vicinais da cidade, o que levou ao oferecimento da prestação de serviços a outros produtores rurais.
As rondas eram realizadas com maior frequência por Armando Marcos de Mendonça Furtado (conhecido como Armandinho), que andava armado e abordava veículos suspeitos para “averiguações”. Caso desconfiasse que os suspeitos pudessem estar “caçando” ou praticando abigeato, eles eram ameaçados, inclusive de morte.
HOMICÍDIOS
No dia 2 de março deste ano, por volta das 20h, em uma estrada vicinal próxima ao “Corredor Rubischek”, no 4º Distrito de Piratini, Edelmiro e Armandinho mataram Horaci da Rosa Ávila e Hermínio da Rosa Ávila. Após verem as vítimas passando de carro pelo “Corredor Rubischek”, os irmãos passaram a persegui-las, atirando, a bordo de uma caminhonete. O condutor do Chevette perdeu o controle da direção do veículo, saiu da estrada e acabou caindo em um barranco. Conforme laudo pericial, ambos estavam ainda com vida quando levaram tiros na cabeça, sem qualquer condição de se defender.
Os homicídios foram causados por motivo torpe (em razão do sentimento de vingança que Edelmiro nutria em relação às vítimas) e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.
AMEAÇAS A TESTEMUNHAS
No dia seguinte pela manhã, Edelmiro ameaçou, com emprego da pistola de propriedade da Brigada Militar, o irmão das vítimas, que foi à veterinária do pai, Armando, cobrar explicações sobre a morte de Horaci e Hermínio. Ele só abaixou a arma quando um terceiro interveio. À tarde, Armandinho empregou um revólver, não identificado, para ameaçar outra pessoa na rua, que também pediu explicações sobre os homicídios.
Os irmãos passaram a ameaçar as testemunhas que seriam ouvidas no expediente policial, afirmando que, caso dessem depoimento à polícia, os denunciados iriam “apagar” alguém.
Durante todo o período em que funcionou a milícia, Armandinho portou armas de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. A quem perguntasse se ele tinha autorização para tanto, ele respondia: “não sei se pode, eu posso”.
AMEAÇAS
Em um dos casos de ameaça, ocorrido no dia 21 de fevereiro deste ano, em uma estrada vicinal localizada no 4º Distrito de Piratini, Armandinho abordou o veículo que era conduzido por Jean Ulguim Farias e Wesller Ulguim Farias, que retornavam para casa. Agindo como se fosse policial e portando ostensivamente uma arma de fogo nas mãos, ele mandou as vítimas pararem o veículo e desligarem as luzem. Ele chamou o pai e o irmão PM ao local, que disse que revistaria o veículo e, se encontrasse vestígio de que estivessem caçando, prometeu que os mataria e colocaria fogo no veículo, pois não haveria testemunhas e “morto não fala”. As vítimas ficaram “detidas” pela milícia por aproximadamente três horas, até a chegada de familiares que faziam buscas pelos dois em virtude da demora.
Agência de Notícias
imprensa@mprs.mp.br
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