Tristeza e indignação são alguns dos sentimentos que envolvem a família de Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos.
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução / CP
Prestes a completar nove meses de gravidez, ela foi morta e teve o bebê arrancado do ventre quando visitava uma conhecida, na zona Norte de Porto Alegre. A suspeita do crime foi detida em flagrante na madrugada desta quarta-feira.
De acordo com a Polícia Civil, a presa é uma mulher de 42 anos, residente do Loteamento Timbaúva, no bairro Mario Quintana. Na segunda-feira, ela teria convidado a jovem para ir ao apartamento onde mora, sob pretexto que a presentearia com um carrinho de bebê. O homicídio teria ocorrido ali.
A investigação aponta que a suspeita simulava gravidez desde agosto e que o motivo do assassinato seria roubar o bebê da vítima. Após extrair o feto da barriga da mulher, a investigada ainda o transportou ao Hospital Conceição, mas ele não sobreviveu. Ela foi presa após a equipe médica da instituição chamar a polícia.
Bruno Lopes, cunhado da vítima, clama por justiça. O homem conta que o irmão e a jovem aguardavam o primeiro filho, que seria menino. Ele também adiciona que Paula já era mãe de uma menina de sete anos, fruto de um relacionamento anterior, e ainda havia adotado outra, de quatro anos, que é filha de uma irmã dela.
"A Paula já tem uma menina e também adotou a filha da irmã, que era usuária de entorpecentes e não tinha condições de manter a criança. Independente disso, meu irmão tratava as duas crianças como se fossem filhas dele. O casal vivia um momento alegre, na expectativa de ganhar o primeiro filho biológico desde que estavam juntos. Meu irmão está arrasado”, desabafa.
O familiar diz que a cunhada morava no bairro Rubem Berta, próximo da região onde fica o apartamento da suspeita, mas pontua que as duas não eram amigas. Ele acredita que Paula conheceu a outra nas redes sociais, por meio de grupos onde itens de enxoval são anunciados.
"Minha cunhada já tinha comprado fraldas, roupas e brinquedos para o filho. Só faltava um carrinho de bebê. Acho que ela decidiu ir buscar o item na casa da assassina, por causa da proximidade. A Paula morava poucas quadras distante dessa mulher, deve ter pensado que não teria problemas em ir até lá. Infelizmente, por ingenuidade, ela acabou sendo atraída e assassinada por monstros”, lamenta o homem.
Bruno suspeita que o marido da investigada também teria participado do crime. Já a delegada Graziela Zinelli, que apura o caso, reforça que o envolvimento não é descartado, mas diz que ainda não foram identificados elementos que apontem a participação dele no caso.
Até o momento desta publicação, a família de Paula aguardava a liberação do corpo. Os parentes ainda não decidiram o local para o velório e sepultamento dela.
Marcel Horowitz/ Correio do Povo
Evaldo Gomes Notícias/Canguçu
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