O policial militar Edelmiro de Mendonça Furtado foi condenado na quarta-feira, dia 10 de julho, a 22 anos e oito meses de prisão por um duplo homicídio e formação de milícia na área rural do município de Piratini, no Sul do Estado.
Ele também teve a perda da função pública decretada.
O irmão dele, Armando Marcos de Mendonça Furtado, que também é réu no mesmo processo, recebeu uma pena de 17 anos e seis meses de reclusão por duplo homicídio qualificado e porte ilegal de arma.
Ambos com cumprimento inicial em regime fechado.
O júri ocorreu na Comarca de Pelotas devido ao um desaforamento, ou seja, quando um processo é transferido de um foro para outro. No entanto, em 2020, houve um primeiro julgamento, sendo o PM e o irmão dele condenados, mas com a absolvição de outros dois réus a pedido do MPRS. Depois disso, o Tribunal de Justiça acolheu recurso de apelação das defesas e anulou o julgamento em 2021. O promotor de Justiça Márcio Schlee Gomes, que já havia atuado no primeiro júri, foi quem fez a acusação pelo MPRS no segundo julgamento, tendo na assistência da acusação os advogados Rodnei Gallo Flores e Marcial Lucas Guastucci. Na assistência em plenário, estavam as duas viúvas e filhas das vítimas, além de vários moradores da cidade.
Já o crime, ocorreu no dia 2 de março de 2016 na localidade do 4º Distrito de Piratini. As vítimas são os irmãos Horácio da Rosa Ávila e Hermínio da Rosa Ávila. Eles foram mortos a tiros dentro do veículo em que estavam após uma perseguição de carro. Conforme provas do processo, os réus andavam armados e abordavam várias pessoas na área rural do município, culminado por matar as vítimas numa abordagem noturna, quando elas voltavam do trabalho no campo. O motivo era o envolvimento do policial militar em uma milícia que fazia rondas ilegais no interior do município e, em uma das abordagens, mataram dois inocentes.
Evaldo Gomes Notícias/Canguçu
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