
A Promotora de Justiça de Jaguarão Cláudia Rodrigues Pegoraro irá recorrer para o aumento das penas. Conforme as investigações do MP os Policiais Militares torturaram cinco vítimas, uma delas menor de 18 anos, para que informassem quem tinha sido o responsável pelo furto à residência dos PMs Julio Cesar e Osni Freitas.
O CASO
Na noite de 6 de setembro, Osni Freitas e Julio Cesar Vieira tiveram suas residências furtadas. Eles avisaram os colegas Rodrigo de Freitas Neumann, Edison Fernandes Pinto e Everton Radde da Silva, que estavam de serviço naquela noite, sobre o ocorrido. Já na madrugada de 7 de setembro, os Policiais, junto com Iara Luiza Vitória, que não estava trabalhando, foram até as casas das cinco vítimas, uma a uma. A cada invasão de residência, o grupo algemou suspeitos dos furtos e agrediu as vítimas com chutes e socos para depois colocá-los dentro da viatura. Em seguida se encaminharam para a chácara de propriedade de Julio Cesar, na localidade da Santinha, interior de Jaguarão.
Na chácara, cada um dos sequestrados foi novamente agredido, com a participação adicional de Osni, Julio Cesar e Fabiano Caetano, desta vez com golpes de madeira e rebenque. Eles também foram asfixiados com um saco plástico na cabeça. Um dos suspeitos do furto foi colocado nu e algemado dentro do porta-malas da viatura e levado para outro local, onde foi novamente agredido, até voltar para a chácara.
Osni e Iara respondem
também por abuso de autoridade, porque obrigaram uma sexta vítima, ao tentar
buscar a motocicleta furtada de Osni, a entrar em uma viatura. Eles o agrediram
com coronhadas – um dos policiais colocou o cano do revólver na boca dele e o
ameaçou de morte. Eles ainda forjaram o flagrante, invadindo, sem mandado
judicial, a residência de um dos suspeitos e apreendendo objetos que foram
furtados dos PMs, o que invalidou a prova para a manutenção da prisão dos
suspeitos dos furtos.
Osni e Fabiano Caetano respondem, também por coação no curso do processo, porque ameaçaram, por telefone, que iriam matar as vítimas após a Promotoria ter sido informada da situação.
Osni e Fabiano Caetano respondem, também por coação no curso do processo, porque ameaçaram, por telefone, que iriam matar as vítimas após a Promotoria ter sido informada da situação.
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