A
Corregedoria-Geral da Brigada Militar afastou das funções dois brigadianos
investigados por utilizarem o nome de mais de 50 pessoas mortas para a compra
de bens pela Internet, contratação de financiamento habitacional, assinatura de
operadora de TV e uso de cartão de crédito. Os dois soldados – um do 9°
Batalhão de Polícia Militar (BPM) e outro do 21° BPM – deixaram as atividades
para realizar trabalhos de arquivo, protocolo e despacho de documentos na área
administrativa. Os PMs vão continuar afastados do policiamento até a conclusão
dos trabalhos, garantiu o corregedor-geral da BM, tenente-coronel Jefferson de
Barros Jacques.
“Vamos
aprofundar os dados que foram obtidos com esta busca realizada hoje e como
providencia de praxe, os funcionários serão afastados do setor onde trabalhavam
para se reprocessar até o final da investigação”, disse.
Nesta
segunda-feira, o Ministério Público, em parceria com a Corregedoria-Geral da
Brigada Militar e Receita Federal, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão
nas residências dos dois PMs e de dois parentes deles. Os mandados fazem parte
da Operação Zumbi.
Conforme
as investigações, os dois Policiais Militares pesquisavam no sistema ‘Consultas
Integradas’ pessoas falecidas em acidentes de trânsito noticiados em sites ou
jornais para obter os dados completos a fim de falsificar documentos para
adquirir bens no comércio, resume o promotor Flávio Duarte. “Com a falsificação
de documentos, eles ‘mantinham estas pessoas vivas’ para usar e constituir
empresas para adquirir bens, constituir empréstimos e fazer compras”, resume.
A
entrega dos produtos ocorria no endereço dos próprios Policiais Militares ou
dos parentes. O esquema é investigado desde 2012.
Fonte:Lucas Rivas/Rádio Guaíba
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