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domingo, 3 de agosto de 2014

Novo ataque a escola da ONU em Gaza deixa palestinos mortos

No total, 40 palestinos morreram na manhã deste domingo (3).

Supostamente ataques foram feitos por Israel, diz agência.

Fonte: G1
Quarenta palestinos morreram na manhã deste domingo (3) após ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, segundo novo balanço divulgado pelos serviços de emergência locais.

Um dos ataques atingiu uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e matou pelo menos 10 pessoas, de acordo com a Reuters. Outras 30 pessoas ficaram feridas.
Mulheres reagem após ataque a uma escola da ONU em Rafah neste domingo (3) (Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)Mulheres reagem após ataque a uma escola da
ONU em Rafah neste domingo (3)
(Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)
A agência diz que o ataque foi supostamente promovido por Israel, no entanto, o Exército israelense se negou a comentar o incidente.
Os médicos e testemunhas disseram que um míssil lançado por um avião atingiu a entrada da escola.
Chris Gunness, porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNWRA), afirmou que a escola abrigava milhares de deslocados palestinos internos pela operação de Israel na Faixa de Gaza que pretende destruir as infraestruturas do Hamas.
"Segundo as primeiras informações, há vários mortos e feridos na escola da UNWRA em Rafah após o bombardeio", escreveu Gunness em sua conta do Twitter.
Esta é a terceira vez em 10 dias que as bombas atingem uma escola da ONU, quatro dias depois de um bombardeio do exército israelense contra um colégio na cidade de Jabaliya que matou 16 pessoas, a maioria crianças, em um ataque condenado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Mais cedo, a France Presse reportou a morte de 12 palestinos em ataques aéreos, sendo nove vítimas de Rafah e três do centro da Faixa de Gaza. A agência também divulgou que o Exército de Israel retirou algumas tropas da Faixa de Gaza e mudou a posição de outras tropas que estão no território.
A cidade de Rafah, próxima da fronteira com o Egito, é cenário de bombardeios desde sexta-feira, quando a morte de três soldados israelenses encerrou uma breve trégua que havia sido aceita tanto por Israel como pelo movimento islamita palestino Hamas.
Os ataques anteriores contra escolas das Nações Unidas provocaram uma onda de indignação internacional.
Este é o 27º dia do recente conflito entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza. A ofensiva, destinada a impedir o lançamento de foguetes a partir de Gaza e destruir os túneis construídos por combatentes palestinos para possibilitar a entrada no território de Israel, também provocou a morte de 64 soldados israelenses e de três civis.
Do lado palestino, a operação matou mais de 1.850 pessoas, em sua maioria civis.
Segundo disseram fontes à Reuters, a delegação com membros de grupos militantes palestinos como o Hamas e a Jihad Islâmica chegou neste domingo ao Cairo para conversas indiretas sobre um cessar-fogo com Israel, que serão conduzidas por autoridades egípcias e norte-americanas.

Israel anunciou no sábado que não enviará representantes, como o programado.

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