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terça-feira, 26 de novembro de 2024

BM e familiares homenageiam soldado Marciele, que tombou em combate há 5 anos



Marciele Renata dos Santos Alves 
Natural de Cachoeira do Sul, policial ingressou na BM em 2012 e estava no 23º BPM
Marcel Horowitz/ Correio do Povo
Brigada Militar e familiares honraram a memória da soldado Marciele Renata dos Santos Alves, tombada em combate aos 28 anos, no dia 25 de novembro de 2019. A jovem foi a primeira PM da instituição a perder a vida em confronto. Ela morreu atropelada por criminosos, quando participava de um cerco policial em Sério, no Vale do Taquari.

Marciele nasceu no dia 28 de junho de 1991, em Cachoeira do Sul, e ingressou na Brigada Militar em 2012. A inspiração foi o padrasto, sargento da reserva, a quem tinha como pai.

A soldado era formada em Fisioterapia pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e cursava pós-graduação em Fisiologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Junto aos estudos, ela vivia o sonho de atuar no Pelotão de Operações Especiais (POE), atual Força Tática, do 23º BPM.

O comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), coronel Giovani Paim Moresco, destaca que Marciele foi pioneira no pelotão de elite. De acordo com o oficial, ela tinha personalidade sensível, mas também sabia agir com contundência se necessário.

"Ela foi uma das primeiras mulheres a ingressar na Força Tática do 23º BPM. Era uma menina muito meiga e querida por todos, mas também sabia ser forte. E não me refiro à força física, e sim firmeza moral”, afirmou o coronel Moresco.

Carmen Lúcia Kappel relembra que a filha partiu fazendo o que gostava, ao lado dos colegas, em um ato de bravura. Ela também alerta para os perigos enfrentados diariamente pelos policiais, que arriscam a vida em serviço, mas por vezes não têm o reconhecimento devido.

“Para mim, ela foi uma heroína. Não pensou duas vezes em defender as pessoas, com trabalho e dedicação imensa. Hoje em dia carrego no meu coração a imagem de quando ela ia viajar, o que adorava. As vezes falo alto e digo ‘bah, tá demorando demais essa viagem, estou com muita saudade’.

"Acho também que cada vez está mais perigoso. Seja na cidade ou no interior, os policiais saem e deixam suas famílias, sem saber se vão voltar. Acho que eles deveriam ser mais valorizados. As pessoas só reclamam e não pensam que ali também está um ser humano”, pontuou.

Carmen Lúcia encontra na memória da filha o impulso para ajudar crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Também a reconforta o convívio com o efetivo do 23º BPM, onde estão os amigos e colegas de Marciele.

"Não desejo para ninguém perder um filho, dói muito, mas temos que transformar a dor em algo que ajude o outro. Nunca quis saber que aconteceu com os bandidos. Penso que eles não tiveram a sorte que minha filha teve, de poder ser feliz, estudar, trabalhar, ter uma mãe e família presente, ela sempre foi e será muito amada. Quando posso, procuro estar com pessoal da BM, colegas e amigos dela, porque parece que ficou um pedacinho dela ali, em cada olhar, cada risada.

"Falamos dela hoje naturalmente porque, afinal, ela existiu e existe, e ficaram em nossas vidas os ensinamentos e a vontade de viver, crescer e ser feliz que ela tinha. Meus filhos e meu marido sabem que vivo um dia de cada vez desde então, e está tudo certo. Peço todos dias em minhas orações que proteja sempre o pessoal [da BM] que vai para as ruas, e que bom que eles existem.

"Que ela fique na memória de todos, que as crianças e jovens tenham chance de ser felizes, estudar, ter famílias presentes. Só assim vamos tirar eles das ruas”, disse Carmen Lúcia.

Evaldo Gomes Notícias/Canguçu 

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