Um homem acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi condenado pelo Tribunal do Júri, em Encruzilhada do Sul, a 30 anos de reclusão pela morte de sua ex-companheira, Carolaine Matos Geyer.
As qualificadoras reconhecidas foram motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, no contexto de violência doméstica e familiar. O réu já aguardava o julgamento preso, após permanecer foragido por oito meses.
O promotor de Justiça Ulysses Fernandes Moraes Luz atuou na acusação pelo MPRS no julgamento, que ocorreu nesta terça-feira, 5 de agosto. "O caso de Carolaine é um retrato brutal da violência de gênero que enfrentamos. O réu agiu com extremo ciúme e sentimento de posse, com a intenção clara de tirar a vida da vítima, ceifando seu futuro de forma covarde e cruel”.
O Tribunal do Júri em Encruzilhada do Sul acolheu integralmente a tese do Ministério Público e reconheceu a gravidade do feminicídio. Para o promotor, “a condenação a 30 anos de reclusão é uma mensagem clara de que crimes como este não ficarão impunes. É uma vitória da justiça e um alento para a família de Carolaine", destaca.
O CRIME
Na manhã de 29 de outubro de 2023, na residência do casal, o homem assassinou Carolaine Matos Geyer, sua ex-companheira. O crime ocorreu no contexto de um relacionamento marcado por controle excessivo e violência, do qual a vítima tentava se desvincular. Após ser imobilizada pelo pescoço, ela foi atingida por pelo menos 18 golpes de faca, que causaram sua morte pouco tempo depois.
MPRS
Evaldo Gomes Notícias/Canguçu - Cópia é autorizada desde que seja citado o autor da publicação ou onde está veiculado.
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